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Pardal: Amado ou odiado? Incluído ou excluído?

Camaçari possui “figuras” excêntricas. Uma delas com certeza é Valdivino Pinto, o “Pardal”. Como um pássaro urbano ele sempre está onde algo está acontecendo na cidade. Em uma rápida entrevista ao Camaçari Notícias, estilo “ping-Pong”, Pardal responde algumas perguntas, onde mostra um pouco mais de sua personalidade:

Camaçari Notícias: Você foi agredido recentemente, como foi?

Pardal: estava voltando às 6h da manhã da festa de nascimento do filho de um amigo meu e fui atacado por dois travestis bem malhados que tentaram me assaltar. Eu resisti fiquei na posição fetal e eles me chutaram e me machucaram muito. Fui socorrido por garis do sexo feminino que estavam limpando a radial B em frente ao Lilás, perto da Praça Abrantes.

Você já foi agredido outras vezes?

Não essa foi a primeira vez, mas já fui assaltado cinco vezes

em Camaçari e uma em Salvador.

E preso você já foi?

Fui detido, mas a ultima vez foi há mais de seis anos. Nunca “toquei” piano.



Foi detido quando?



Em 1998 quando participava de uma greve de professores na assembléia Legislativa, naquele dia estávamos ocupando a AL. Outra vez foi na inauguração do monumento a Luiz Eduardo Magalhães, a gente foi protestar e eu acabei detido. Em 2001 durante uma passeata que invadia a UFBA para depois ir até a casa de ACM, para pedir a cassação dele, fui detido também. Não me lembro a data, mas foi ainda quando o Camaforró acontecia na Avenida Comercial. Um PM me deu um chute na canela e eu revidei e dei um chute na canela dele. Apanhei e fui detido. Quem me tirou da cadeia foi o então vereador Teobaldo Ribeiro, o “Téo” e o Taroba.



Como você se relaciona com as pessoas?

Tenho uma relação de amor e ódio. Algumas me amam e outras me odeiam.


Você é um freqüentador de “bregas”?

Sim, sou consumidor desse serviço. Certa vez fui a uma “zona” chique que fica aqui perto da Praça Abrantes e “dancei” em R$ 300,00 (trezentos reais). A minha bebida era R$ 5,00, a “garrafinha” mas a bebida das moças que não podiam beber cerveja e só uísque era R$ 30,00 a dose. Paguei com máster Card. Não tem preço ser roubado com Máster Card.

paixões?

Estou a procura! Na vida já encontrei três grandes paixões,
duas durou dois anos e uma durou três anos. Atualmente estou só e procurando.

Já se envolveu com alguém do mesmo sexo?

Não. Só gosto de mulheres. Adoro mulheres. Mas não gosto de “santas”.

Trabalho?

Sou funcionário público. Trabalho na Seplan. (Secretaria de Planejamento)

O que é Camaçari para você?

Nasci em Camaçari. Hoje ela é uma cidade de imensas desigualdades sociais. Uma cidade de migrantes. Chegam atrás de um grande sonho e não conseguem emprego por falta de qualificação. Passam do sonho ao pesadelo rapidamente. Camaçari é excelente para quem vem só trabalhar no pólo ou na prefeitura e retorna para sua cidade com altos salários no bolso. Gastam aqui no máximo um almoço.

Você pretende parar de beber?

Gosto de beber, quem sabe um dia eu paro. Não posso dizer que sim nem que não.

Religião?

Tenho uma. Sou devoto de Dionísio o Deus do Vinho e da Fertilidade. Essa é minha religião, sou politeísta como os gregos. Os Deuses da mitologia grega são figuras muito humanas.

Devido ao seu estilo de vida, você se sente incluído ou excluído em Camaçari?

Em Camaçari existem várias “tribos” e eu me sinto incluído. Tenho alguns bons amigos e na sua grande maioria são mulheres.

Como você se relaciona com sua família?

Muito bem, eu gosto muito deles, são 14 irmãos por parte de pai; 8 irmãs (tudo mulher) por parte de mãe, 24 tios e 80 primos.

Gostaria de deixar uma mensagem?

Sim! Vamos lutar pelo socialismo, por uma vida melhor para todos e com justiça. Lutar para que todas as crianças cheguem e permaneçam na escola. Assim o mundo vai ser melhor.



enfim esse é o camarada pardal dando uma entevista para o jornal mais emportante da camaçari
vlw pardal
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
vc é uma figura